Como Recorrer de Multa por Transitar em Faixa Exclusiva de Ônibus em Porto Alegre: Guia Completo
Se você foi multado pela EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação) por transitar em uma faixa ou via exclusiva para transporte público coletivo de passageiros em Porto Alegre, é importante saber que existem formas de recorrer. Neste post, vamos explicar item por item como proceder, quais são as possíveis irregularidades no processo de autuação e como a legislação pode ajudar na sua defesa.
1. Entenda a Infração e a Legislação
A infração é classificada como gravíssima e está prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). De acordo com o artigo que regulamenta o trânsito em faixas exclusivas, é proibido:
- Transitar em faixas ou vias exclusivas para transporte público coletivo de passageiros, salvo em casos de força maior ou com autorização do poder público competente.
As penalidades incluem:
- Multa gravíssima (com valor elevado);
- Apreensão do veículo;
- Remoção do veículo (medida administrativa).
2. Como a EPTC Fiscaliza Essa Infração?
A EPTC utiliza sistemas automáticos não metrológicos para fiscalizar o trânsito em faixas exclusivas. Esses sistemas são equipamentos que registram imagens e detectam infrações sem intervenção humana. Eles devem seguir normas específicas, como:
- Registro de imagem: O sistema deve capturar imagens enquanto o veículo não autorizado transita na faixa exclusiva.
- Homologação pelo INMETRO: O equipamento deve estar regularizado e homologado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) ou por entidade acreditada.
- Projeto tipo disponível ao público: A EPTC deve disponibilizar um projeto tipo detalhando a localização e funcionamento dos equipamentos de fiscalização.
3. Possíveis Irregularidades no Auto de Infração
Ao receber a multa, é fundamental verificar se houve alguma irregularidade no processo. Alguns pontos que podem invalidar a autuação incluem:
3.1. Falta de Comprovação Técnica
- O sistema automático utilizado pela EPTC deve estar devidamente homologado pelo INMETRO. Se não houver comprovação disso, o auto de infração pode ser anulado.
3.2. Projeto Tipo Indisponível
- A EPTC é obrigada a disponibilizar o projeto tipo que detalha a localização e funcionamento dos equipamentos. Se esse documento não estiver acessível ao público, há irregularidade no processo.
3.3. Imagens Insuficientes ou Inconsistentes
- As imagens registradas pelo sistema devem ser claras e precisas, comprovando a infração. Se as imagens forem falhas ou não permitirem a identificação do veículo, o recurso pode ser aceito.
3.4. Sinalização Inadequada
- A via deve estar claramente sinalizada com a placa R-32 (Circulação Exclusiva de Ônibus). Se a sinalização estiver danificada, ausente ou mal posicionada, você pode argumentar isso no recurso.
4. Passo a Passo para Recorrer à Multa
Se você identificou irregularidades ou acredita que a multa foi aplicada indevidamente, siga estes passos para recorrer:
4.1. Acesse o Site da EPTC
- Entre no site da EPTC e localize o auto de infração. Verifique as imagens, data, horário e local da infração.
4.2. Reúna Provas
- Documente tudo que possa ajudar na sua defesa, como fotos da via, sinalização e condições do local no dia da infração. Se possível, obtenha laudos técnicos que comprovem irregularidades.
4.3. Formalize o Recurso
- Encaminhe o recurso à Junta Administrativa de Recursos de Infrações (JARI) ou ao Detran/RS, conforme as instruções no site da EPTC. Inclua todas as provas e argumentos que sustentem sua defesa.
4.4. Acompanhe o Processo
- Após enviar o recurso, acompanhe o andamento pelo site da EPTC ou entre em contato com o órgão responsável para obter atualizações.
5. Dicas para uma Defesa Eficaz
- Documente tudo: Tire fotos da via, sinalização e condições do local no dia da infração.
- Verifique a homologação do equipamento: Peça comprovação de que o sistema automático está regularizado pelo INMETRO.
- Consulte um especialista: Em casos complexos, um advogado especializado em trânsito pode ajudar a identificar falhas no processo e fortalecer sua defesa.
6. Conclusão
Recorrer a uma multa por transitar em faixa exclusiva de ônibus em Porto Alegre pode parecer complicado, mas é possível anular a autuação se houver irregularidades no processo. Fique atento aos detalhes e não deixe de exercer seu direito de defesa.
Para mais informações, acesse o site da EPTC ou consulte o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Dirija com segurança e respeite as sinalizações para evitar multas!
RECURSO ADMINISTRATIVO À JARI DA EPTC
À Junta Administrativa de Recursos de Infrações (JARI) da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC)
Porto Alegre/RS
1. Referência ao Auto de Infração
Nº do Auto de Infração de Trânsito (AIT): [INSERIR NÚMERO DO AIT]
Placa do Veículo: [INSERIR PLACA]
Data da Infração: [INSERIR DATA]
Local da Infração: [INSERIR LOCAL]
2. Qualificação do Recorrente
Nome: [NOME COMPLETO]
CPF: [NÚMERO DO CPF]
Endereço: [ENDEREÇO COMPLETO]
Telefone: [TELEFONE PARA CONTATO]
E-mail: [E-MAIL PARA CONTATO]
3. Interposição de Recurso
Venho, respeitosamente, perante a Junta Administrativa de Recursos de Infrações (JARI) da EPTC, interpor recurso administrativo contra o Auto de Infração de Trânsito (AIT) supracitado, com fundamento no artigo 280 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e na legislação pertinente, pelos motivos a seguir expostos.
4. Dos Fatos
No dia [INSERIR DATA], recebi a notificação de autuação por supostamente ter transitado com meu veículo em faixa exclusiva para transporte público coletivo de passageiros, conforme descrito no AIT nº [INSERIR NÚMERO].
Contudo, não houve transgressão à legislação de trânsito, uma vez que:
- A sinalização no local era inexistente, danificada ou insuficiente, o que impossibilitou a identificação clara da faixa exclusiva;
- O sistema automático de fiscalização utilizado pela EPTC não comprovou de forma inequívoca a infração, conforme exigido pelo artigo 280, § 2º, do CTB;
- O equipamento de fiscalização não possui homologação válida pelo INMETRO ou entidade acreditada, conforme determina a legislação.
5. Do Direito
O recurso está amparado nos seguintes dispositivos legais:
- Artigo 280 do CTB: Exige que a infração seja comprovada por meio de declaração da autoridade de trânsito, aparelho eletrônico ou equipamento audiovisual, previamente regulamentado pelo CONTRAN;
- Resoluções do CONTRAN: Determinam que os sistemas automáticos de fiscalização devem estar homologados pelo INMETRO e atender a requisitos mínimos de funcionamento;
- Artigo 5º, LIV e LV, da Constituição Federal: Garantem o direito ao contraditório e à ampla defesa.
6. Da Fundamentação
A autuação deve ser anulada pelos seguintes motivos:
6.1. Falha na Comprovação da Infração
O sistema automático de fiscalização utilizado pela EPTC não registrou imagens claras e precisas que comprovem a infração, conforme exigido pelo artigo 280, § 2º, do CTB. Além disso, não há comprovação de que o equipamento estava devidamente homologado pelo INMETRO.
6.2. Sinalização Deficiente
A via onde ocorreu a suposta infração não estava adequadamente sinalizada com a placa R-32 (Circulação Exclusiva de Ônibus), o que configura falha da administração pública em informar corretamente os condutores.
6.3. Irregularidades no Processo de Autuação
A EPTC não disponibilizou o projeto tipo que detalha a localização e funcionamento dos equipamentos de fiscalização, conforme determina a legislação.
7. Da Jurisprudência
O recurso encontra respaldo em decisões judiciais que anularam autuações por falhas na fiscalização e sinalização, tais como:
- Acórdão nº [INSERIR NÚMERO] do Tribunal de Justiça do RS: Reconheceu a nulidade de autuação por falta de comprovação técnica da infração;
- Decisão do STJ: Reiterou que a administração pública deve comprovar de forma inequívoca a infração, sob pena de nulidade do auto.
8. Da Doutrina
Conforme ensinamentos de renomados juristas, como [INSERIR NOME DO AUTOR], a autuação por infrações de trânsito deve observar estritamente os requisitos legais, sob pena de violação ao princípio da legalidade e ao direito de defesa do cidadão.
9. Da Autotutela
A administração pública possui o dever de rever seus próprios atos quando estes são ilegais ou inadequados. Neste caso, a EPTC deve reconhecer a nulidade da autuação, uma vez que o processo de fiscalização apresentou falhas graves que invalidam o auto de infração.
10. Dos Pedidos
Diante do exposto, requeiro à JARI da EPTC:
- O cancelamento do Auto de Infração de Trânsito (AIT) nº [INSERIR NÚMERO];
- A devolução do valor pago, caso a multa já tenha sido quitada;
- A anotação de improcedência no registro do veículo e do condutor.
Atenciosamente,
[NOME COMPLETO]
[CPF]
[ASSINATURA]
Anexos:
- Cópia do Auto de Infração de Trânsito (AIT);
- Fotos da via e sinalização (se houver);
- Comprovante de pagamento da multa (se aplicável);
- Outros documentos que comprovem a defesa. *
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